sexta-feira, 27 de junho de 2014

Capítulo 7 - Luz da lua

Ao cair a noite, o clima era confortável e o céu fornecia a visão de belas estrelas dependendo de que ponto da cidade você se encontrava, eu sei porque tive muito tempo para pensar ao vagar na rua sem rumo algum no dia que fui dispensada. 

A minha mente ainda estava trabalhando para aliviar meu coração que estava massacrado pela conversa de algumas horas atrás, e acompanhada pelos meus pés de forma inconsciente me arrastei até que me deparasse com a porta 405 de um apartamento em Shibuya.


Não costumava frequentar muito o apartamento do MAD, mesmo porque morria de medo de encontrar com a pessoa que ele era casado cara a cara, só que naquele dia não tinha muitas opções me restando, já que nem o celular ele atendia.

Toquei a campainha, porém não houve um único som que pudesse indicar haver alguém ali dentro, resolvi esperar mais alguns minutos. Claro, não tinha ido tão longe por nada, então como podia desistir por ter "uma porta na cara" ?. 

Fiquei parada ali na frente por quinze minutos, embora jurasse que estava lá a quase quatro horas. 

Quando por fim desisti de ficar, me virei, porém na ação esbarrei sobre alguém que com a força do impacto me fez ser lançada para trás esbarrando a porta.

- Desculpe, eu... - Me adiantei a pedir desculpas, e para minha supresa quando olhei para cima, meu coração quase saiu pela boca ao ver que era o MAD.
- O que você está fazendo aqui? - Ele disse me olhando com repreensão.
- Eu... Estou aqui para me despedir - A voz saiu meio falhada como se algo quente estivesse preso na minha garganta.
- Se despedir? De mim? - Ele pareceu um pouco preocupado.
- Não era o que você queria? Então, vamos acabar logo com esse sofrimento de uma vez, não preciso mais ficar aqui. Não tenho mais nem amor a minha própria vida - O tom na última frase indicou a minha intenção de cometer suicídio.
- Ayu... Pare agora! - Me reprendeu o homem, com os olhos aflitos. Ele então empurrou a porta do apartamento que não sabia mais estava descuidadamente aberta e logo me puxou para dentro.
- O que você está fazendo agora?! - Quase gritei.
- Eu menti para você, não quero que você desapareça - nervoso ele admitiu.
- Não vamos começar isso novamente, você já deixou claro que não irá se divorciar e nem pretende que fique na sua vida, então por quê? Por que insiste em me prender nesse sofrimento? - Desabafei entre lágrimas, mesmo tentando parecer fria.
- Eu sou um tolo cheios de medo, essa é a verdade, mas não posso te deixar ir assim, Não quero te perder - Lançando um olhar firme ele me segurou enquanto tentava escapar.

As mãos grandes do homem estavam percorrendo meu corpo, e a cada novo toque que dava sobre a minha pele, me aproxima de uma mesa imensa de mármore centralizada no meio da sala. Os dedos de MAD percorreram a alça do vestido de tecido fino, ele as deslizou por alguns centímetros. 

Com aquelas mãos me fazendo carícias foi impossível segurar ainda mais as minhas lágrimas e mesmo que não desse uma única palavra, MAD sabia exatamente o que pensava, porque tudo estava expressado no meu rosto.

- Você vai ficar agora? - A voz tinha uma intensidade de domínio fazendo parecer que não se tratava de uma pergunta.
- Não, não posso ficar sem você. Me entenda- As mãos estavam tremendo, não conseguia recuar.
- Eu quero você, não vou te deixar - Ele disse para então levar a boca à minha.

Somente aquele choque entre as regiões correspondente era o suficiente para o desespero do meu coração crescer a ponto de me fazer gritar e sobre soluções incontroláveis disse:

- Para que quer tirar minhas roupas uma hora dessas? Nós sabemos como isso vai terminar - Olhei para ele como se suplicasse para que me deixasse partir.
- Se falar que não quero arrancar apenas sua roupas? Você fica? Se te falar que te amo?... Que sem você não posso ficar, então você fica comigo? - As perguntas foram acompanhada das mãos do homem que me levantou me colocando sobre a mesa.

Nem pude responder as perguntas, ele me desconcentrou descendo o meu vestido, os lábios dele então começaram a apagar as minhas dores e qualquer outra sensação começava a ser insignificante diante daquela situação. Era com aquela boca bem delineada que ele me arrancava suspiros, era com ela que  habilidosamente me persuadir com carinhos corporais e palavras de afeto.

- Sim, eu fico... Eu fico... -  respondi sentindo arrepios entre seus braços, quase me desmanchando com os toques cuidadosos que agora se concentravam em meu ventre.
- Agora repete de novo... Vai fazer o que disse? Vai ficar? - Ele dizia a cada nova investida no meu corpo, sem me dar outra opção a não ser me entregar aquelas palavras.

A noite se seguiu de forma longa, sorria comovida com a forma que ficamos ali, intensa e cheia de amor, não podia esquecer esse dia, principalmente porque sabia que estava viva graças aquele sentimento que ele resolveu dedicar a mim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário