sábado, 14 de março de 2015

Capítulo 15 - Presente

Os anos me trouxeram mais que rugas, eles me trouxeram uma vontade intensa de viver por mim mesma sem que me sentisse obrigada a depender de uma pessoa em especifico. Será que pensar dessa forma, dizer que estou bem sem dependências é o que chamam de paz interior? 


O fim do meu romance com Jae começou quando ele foi embora trabalhar em Hong Kong. O fato de Jae ir para um lugar distante acabou gerando nossa falta tempo para estarmos juntos o que nos afastou de um jeito natural que quando nos demos contas era um tanto tarde...

Dezembro 04 de 2013

Foi exatamente em Dezembro que acabei me encontrando com MAD mais uma vez, depois de anos de distanciamento. A princípio não queria estar perto dele, por isso eu imagina formas de distanciá-lo de alguma forma, mas depois encontrá-lo sem querer naquela data, algo em mim dizia que não havia mais modo de afastá-lo, mesmo fugindo e querendo me enganar sabia exatamente o que se passava quando nossos olhos se encontraram novamente.

Por um lado encontrar o MAD era excitante, me sentia exatamente como se estivesse vivendo o meu passado todo com ele de uma única forma quando meu coração acelerava rápido ao ter a presença dele junto a mim. Passávamos horas conversando, trocando olhares e palavras doces. Eu me deixei envolver por ele mais uma vez, embora soubesse que ele era casado com outra mulher.

Na realidade a mulher do MAD não era um problema, porque o relacionamento deles já havia se estagnado antes da minha chegada, contudo na época me sentia muito culpada sobre o passado que havia desenhado no coração dele assim que o deixei livre, porque essa escolha acabou machucando ele muito e não queria causar mais dor na vida dele, não achava justo bagunçar as coisas novamente... Como havia feito anos antes.

Até que um dia sem conseguir mais conter o impulso do meu coração, algo gritou dentro de minha mente dizendo "Conte a ele como você se sente", "Não seja medrosa, mesmo que isso signifique ser rejeitada".


- MAD, eu tentei de todas as formas fugir do que sinto por você, só que não consigo. -Comecei dizendo suavemente-
Eu não estou aqui te dizendo isso, porque quero te pedir algo em troca, não tenho a intenção de exigir amor. Apenas quero ser sincera sobre meus sentimentos porque estou sufocando com isso dentro de mim, sem que você perceba tem algo que já não é mais meu, e eu gostaria de te entregar já te pertence. - Olhei para ele sobre o céu da colina que nos encontrávamos e sorria de um modo natural que pensava não poder mais.

-Ayumi, eu entendo o que você quer dizer, pois me sinto da mesma maneira sobre você- Ele sorriu de modo doce, me surpreendendo com a resposta, logo depois de uma pausa um pouco mair para prosseguir-
Também não posso te exigir nada, porque eu sou casado como você sabe, não acho que tenha o direito de fazer isso.

-Eu sei disso, mas isso não vai mudar o fato que amo você ainda, mesmo depois de todos esse anos... Eu tinha medo disso, por isso tentei me afastar, eu juro! Mas a gente não pode simplesmente dizer ao coração o que ele pode ou não sentir. Então... Eu quero te dar isso - Levei a mão ao meu peito, depois estendi para ele dizendo-
Eu quero te dar a minha felicidade, porque mesmo que você não possa ser mais que um amigo para mim, ela te pertence... Porque você é o motivo de poder sorrir. Repito, não quero nada em troca de você, apenas me deixe curar suas feridas daqui para frente, ainda que isso seja no papel de uma amiga. Eu quero te dar felicidade da forma como você me tem me dado, quero te fazer sentir que você pode sim sair dessa escuridão do seu coração.- Falei tranquilamente aliviando aquela sensação que parecia comprimir meu coração.

Na verdade, aquela conversa se estendeu por bastante tempo, mas por fim por um consenso decidimos que seriamos bons amigos e nos permitiríamos deixar esse sentimentos fluírem, mesmo que nunca pudesse se realizar, porém o destino fez isso ser o primeiro passo para algo muito maior.

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